não aguardas a palavra nasce rápida crua nasce como uma tempestade na ponta dos teus dedos na ponta dos teus lábios rasga-te dilacera-te empurra-te contra uma parede em fome em voracidade respiras em socorro porque encontras o abismo em todas as suas fendas olhas e reparas que as memórias transformaram-se em sombras olhas para o chão e ves que essas sobram deixam marcas com os seus pés marcas em pele marcas em tinta tentas a música mas a música não está a falar a música tem a boca costurada esperas por ela mas
[ela]
não sabe como esperar-te não sabe como colocar as imagens não sabe como colocar as memórias não sabe como colocar a pele não sabe como colocar as sombras mas sabe que guarda as fendas e os abismos sem saber que guardou um mundo
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Belo...
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