30 de setembro de 2012

Set.


Usava fogo por cabelo.
Via a noite arder naqueles fios claros, como um Sol a afogar-se.


Naquela mistela de cores, os olhos:
                                                   berlindes, em verde, em castanho,
                                                   berlindes cobertos com manchas de sonhos.


E dentro de um cesto todas as imagens desapareceram, fugiram na imensidão daquela estrada de estrelas alinhadas como militares, onde um coração de lata boceja.




 

O mundo despe-se, abre o peito, guarda-me as mãos


.

Sunday.


Solidão não é termo ou conceito ou até significado. É vida. É existência ermita. Tem barba. Tem resina. Tem o Mundo


.

 

Bang.



Dou razão ao D., a nostalgia pelo desastre deveria ser banida


.


3 de setembro de 2012

Tuesday.


Acampei no parelelo que nasce em frente da tua Porta. Horas com o telemóvel na mão. Tinha um daqueles fogões de campismo e uma quantidade considerável de ração de combate. Subi a uma Árvore de braços musculados. Fui um animal selvagem com os Olhos pintados de Vermelho e usava Gravatas como Camisola.
Estavas doente nesse dia. Tossias todas as letras que te ofereci. Tiraste a tua Face. A tua Dentadura dentro de um copo com Água. A tua Pele recheada de brilhantes e purpurina.
Olho o Estafeta, de cicatriz, a quem chamas de Enfermeiro e espero de toda a minha alma que tenhas encontrado o teu Deus arrumado entre as Almofadas.


As Terças foram dias de Sol e Ficção. 





Nasce a Noite. A Lua é uma Roda Dentada.